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domingo, 30 de outubro de 2011

Insignificância produtiva

Só há uma coisa menos produtiva do que dia de semana: fim de semana. E só há uma coisa menos produtiva do que fim de semana: eu!

Não quero entrar nessa de criticar a rotina, porque ah, como eu adoro essa bruxa. Nada como se preparar para a aula chata de terça, esperar pela mesma lanchonete da quarta e benvinda sexta-feira! Mas, fazendo uma análise de fatos: a faculdade não me permite ler, o estágio não me permite estudar, a internet suga a minha concentração e a minha preguiça reina sobre todo o resto, me faz prisioneira e ainda me cria uma síndrome de estolcomo. Aí chega o fim de semana, os dois dias em que obrigatoriamente vou fazer o que não fiz durante a semana: dormir, namorar, leitura por prazer, leitura para as aulas, trabalhos e filmes [reparem que eu não inclui festa, social, sair com amigos, porque aí é querer demais]! Tudo isso, obrigatoriamente. Mas é claro que só o que acontece é nada e você acaba desobedecendo o seu professor universitário interior com suas tarefas para seu próprio fim de semana, se sentindo mais inútil e feliz do que a Paris Hilton. Dois dias deitada na cama! Hm, que prazer terrível, que culpa deliciosa!

Mas se tem uma coisa que eu/você e todo mundo, dependendo do meu grau de entendimento de ser humano, adora é falhar em missões chatas. Não é sofrimento algum fechar o Word e abrir o facebook mesmo sabendo que você corre o risco de entregar uma bosta de trabalho, ou de passar a noite em claro terminando-o. Esse é o momento feliz de digitar o trabalho no Word de um computador com internet. Não é sofrimento fechar o livro, virar pro lado e dormir. Não é sofrimento decidir ainda dormindo que não vai levantar e vai, sim, faltar seu compromisso chato.

Isso tudo é muito legal, o chato mesmo é quando você deixa de fazer as suas coisas legais. E aqui chegamos ao meu caso. Estou de saco cheio de ler! Que ninguém me ouça falar isso, mas estou sem saco. Acho que li um livro inteiro esse mês e blargh, falta-me vontade. Nem lembro, (para pra pensar....) não lembro mesmo quando foi a última vez que fui ao cinema. Mas tudo o que eu quero fazer é sentar, deitar, rolar na cama e esperar essa fase chata passar. Não me entendam mal, não estou deprimida nem nada... só estou sem saco. Pensem comigo e vejam se não faz sentido: estou cheia de livros legais para ler... por que não esperar uma fase em que eu possa me deitar, num dia azul, em uma praia limpa, bonita e deserta, e lê-los o dia inteiro, tranquilamente?

Estou há um tempo sem postar. Acho que porque li o blog do meu professor, que diga-se de passagem escreve para a Brravo, sabe tudo de livros bons, critica todas as minhas humildes sinopses de livros já lidos e relidos e escreve tão bem que eu nem consigo entendê-lo. Li o blog dele e ainda penso que tenho um blog, e que falo sobre lite...ra...tura... AI, não quero nunca mais aparecer!
Mentirinha, porque eu não sou assim. He he, tenho consciência da minha insignificancia e estou ok com ela. Tudo bem eu não escrever uma linha, tudo bem eu não ganhar dinheiro, tudo bem não ter sucesso copiando um fucking corte de cabelo da Zooey Deschanel. O chato mesmo é ser medíocre num troço ""fácil"" como ler. Sabe como resolvo isso? Com a coisa que mais gosto de fazer, não me enjoa nunca e não ajuda em nada: comprar livros... quer dizer, estou sem dinheiro... procurar livros para futuramente comprá-los. Acabei de conseguir uma penca de séries e filmes (não posso dizer como, pois é ilegal) que futuramente vou ver. Ahn, essa é a minha solução de vida: me entupir de coisas que não consigo fazer. IUPI.

Mas, enfim, esse post foi meio sem propósito. A não ser para concluir que você não é obrigado a ler o tempo todo, só porque você supostamente gosta de ler. Mas como esse conceito já está entranhado em mim, é difícil me convencer do contrário. Mas eu vou ler quando quiser, e não venham me pressionar. Porque ler não é uma obrigação, ou uma competição, vocês me entendem? Vou usar isso na minha tese (ahhn, do jeito que andam as cosas bem futuramente! Por enquanto acho que pode servir para um mísero trabalhinho mesmo). 

A não ser também para homenagear um cara, que talvez seja meu mentor de reclamações de insignificância produtiva. Ele tanto reclama, mas FEZ ESSA MÚSICA um dia desses e eu queria que todos os que visitam meu blog vissem e gostassem.
Quer dizer, eu não consigo nem conceber capturar os sonsinhos perdido no espaço e juntá-los numa sequência, dando origem a alguma coisa que a gente realmente consegue escutar e alguém ainda chama isso de marasmo. Hehe. Cada um com a insignificância que merece, né?



Ou, em outras palavras: Porran... se isso é tá na pior... que que quer dizer tá bem, então??? (só pra esse post não ficar pouco feminino demais)

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