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quarta-feira, 18 de maio de 2011

alô alô marechal!

Estreou semana passada, na Tv Brasil (atenção, não é Canal Brasil, é Tv Brasil, canal 116 na sky), a série Natália. Fiquei muito feliz com essa série por um motivo especial: ELA SE PASSA EM MARECHAL HERMES, minha gente, minha terra natal! É a história de uma menina do subúrbio, de família evangélica, que está iniciando sua carreira de modelo. É uma situação bem delicada, e Natália tem muitos desafios a enfrentar, começando por suas próprias limitações. Enquanto a irmã sonha em ser modelo, Natália é garçonete, evangélica, está noiva e tem certas ressalvas quanto a profissão. Tudo começa por acaso, quando ela vai a uma agência acompanhando a irmã, mas sua incrível beleza rouba a atenção de um agente, interpretado por Cláudio Lins. A atriz que interpreta Natália é a princess Aisha Jambo. 


Além dos conflitos que isso promete gerar com a irmã, ela tem ainda o pai, um fervoroso pastor evangélico, e um noivo, que planeja uma vida a dois enquanto a vida dela promete tomar rumos que nem ela mesmo sabe. Tudo isso em um cenário realíssimo de Marechal Hermes! Ai, lindo. Aliás, Marechal e arredores: galerias em madureira, estações de trem... Super legal reconhecer tudo isso. Hehe



E a série é super bem feita. É bem diferente dos padrões globais. Ela é realista, retrara o subúrbio sem dramas excessivos e sem paródias. Tem comédia, coisas divertidas, com as quais o telespectador se identifica e tem drama. Tudo na dose certa. A produção é boa, são grandes atores conhecidos (Cláudia Ohana, e outros que eu não sei o nome haha!). E a série promete ainda mais: um dos primeiros (sei lá a quantas anda essa estatística...) beijo gay entre homens - já tem até dia: 17 de Julho.

E ainda tá no segundo episódio, dá tempo de acompanhar. Domingo, às 22:30. Não percam!

Falando em Marechal, acho muito pertinente lembrar que tá passando Rio, do diretor Carlos Saldanha, também marechalzense! Meu conterrâneo, galera! Parente!! É claro que todos já sabem desse filme, ou já devem ter visto. A questão é que Rio foi um filme muito criticado por sua essência pouco brasileira, mesmo tendo um diretor brasileiro & suburbano (aquele mesmo lenga lenga, que me cansa, de "o brasil não é só isso....") e eu quero, aqui, defender meu vizinho.

Sem entrar em méritos de bom ou ruim, Rio mostra o Rio dos gringos, afinal de contas o filme é uma produção gringa. E foi eficiente nisso. Minha única insatisfação, nesse sentido, é quanto a música, que poderia ter sido muito menos cara de black eyed peas e mais de Carlinhos Brown, uma vez que a música brasileira faz muito sucesso lá fora. Mas voltando, as paisagens são impecáveis, e ele explora elementos que tornam nossa cidade mundialmente famosa e querida: samba, praia, futebol, bunda! E hoje em dia, é claro, as favelas também não poderiam ser deixadas de lado. E que bom, fico orgulhosa por todas elas, mesmo sabendo que Rio não é só isso.

Muitos são os Rios de Janeiro, ou melhor, muitas são as coisas em um único Rio. É impossível, até para um carioca, conhecer ou contar todas. Eu mesma, só fui ao Maracanã uma vez, e no show da Madonna(!!!!). E Provavelmente, Amy Winehouse e Anne Hathaway conhecem mais da boemia de Santa Tereza do que eu. Fazer o que, bitches! Mas eu sei o que é andar de kombi!, o que é sair do trem às 18h na central (permaneçam sentados, SÉRIO!), sei o que é ficar 2 horas dentro de um ônibus na avenida brasil.... Isso não seria muito legal num filme. Talvez num drama! Ou em um bem experimental.

Se você quer conhecer um Rio mais tenso, veja Cidade de Deus, Tropa de Elite. Se quiser conhecer uma versão mais cool, alternativa, talvez Histórias de amor duram apenas 90 minutos. Uma vida rica e chique na alta zona sul, só com a nata carioca (xi dessa eu conheço menos que o will i am)? Manoel Carlos! Mas se você quer saber um pouco mais da vida normal no subúrbio..... veja Natália. É muito bom!

Um comentário:

  1. Pior que eu vou ver isso. Eu morava em Realengo, ia estudar no centro da cidade, e via 383 eu sempre passava por Marechal Hermes.

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